Para alguns pesquisadores, a pergunta: "O que a Antropologia tem a dizer à Psicanálise" pode soar confusa ou, até mesmo, estranha. Contudo, aqueles que fazem um bom uso da clínica e dos textos freudianos sabem e gostariam que a Antropologia tivesse muito o que dizer à Psicanálise.
No editorial da Revista, Denise Maurano celebra: "Neste décimo quarto número, o leque de assuntos enfocados está bastante diversificado. Temos a honra de abrir com um importante artigo de Alexandre Fernandes Corrêa intitulado O labirinto dos significantes na cultura barroca, no qual a Antropologia dialoga com a Psicanálise, trazendo como efeito uma importante contribuição tanto para a área de Estudos Culturais, quanto para a chamada Psicanálise em extensão. Tal artigo nos é especialmente caro por conta de aproximar-se bastante dos estudos que empreendemos sobre o tema e que motivou, anos atrás, o nome de nossa revista. Nele o autor a partir de um processo de pesquisa sociocultural, toma para si a tarefa sugerida por Lacan de realização de uma história cultural do significante, no caso, o significante barroco, buscando situar sua função na sociedade contemporânea e, mais precisamente, no imaginário social latinoamericano".
É um instigante convite e um belo brinde ao trabalho de parceria entre os pesquisadores do acontecimento psíquico e os pesquisadores do acontecimento cultural. Espero que esse trabalho de parcerias faça de nossas escutas um lugar possível de construção simbólica. Contribuição à Psicanálise em extensão, mas também à Psicanalise no campo da escuta clínica, se levarmos a sério o campo significante e sua "história cultural" apontada pelo leitor de Lévi-Strauss, Jacques Lacan.
Click na imagem da revista e tenha acesso ao artigo integral.
Boa leitura!
4 comentários:
Adriana, acredito que sem a sua colaboração e sem o diálogo que mantemos, a escrita do texto sobre o Barroco - como se configura agora, depois de anos de estudo - não teria sido possível. Agradeço suas palavras e a possibilidade de através do amor e do trabalho em conjunto, continuar nessa trilha fecunda. Bjs, Alexandre Corrêa.
Oi, professora Adriana. A senhora deve tá estranhando esse comentário do nada, mas eu sou uma ex-aluna sua do ceuma, e quando a senhora mencionou seu blog na sala de aula eu não pude deixar de anotar o endereço. Enfim, só hoje vim comentar. Pra mim a senhora uma das melhores coisas que já aconteceram naquela instituição, e fiquei muito triste quando teve que sair, adorava suas aulas, e lhe admiro bastante. Inclusive foi a sua matéria de teoria do inconsciente que me fez ter certeza que queria ser psicanalista.
Certo, mas o motivo que me trouxe aqui, professora, além de fazer essa observações que fiz acima, foi um pedido que quero lhe fazer. É que agora além de psicologia, estou cursando letras na ufma, e tive que fazer um trabalho baseado numa crítica literária; escolhi a psicanalítica e entreguei esse trabalho que me valeu um 9,0 (eu acho que merecia um 10,0, mas o professor que não devia ter muita intimidade com a psicanálise e desconhece que eu também seja acadêmica de psicologia, deve ter achado que eu inventei algumas das coisas que escrevi, hehehe). Então... me deixaria muito feliz se a senhora pudesse dar uma olhada neste trabalho e me dizer o que achou, e era isto que eu queria pedir. Uma opinião sincera e precisa como a sua, que é mestra no assunto... pra eu ver se tô no caminho certo da coisa e no que preciso melhorar.
Desculpe por ter invadido seu blog e deixado esse comentário imenso, mas é que significaria bastante pra mim. Espero sua resposta, e se esta for negativa eu entenderei perfeitamente.
Sua ex-aluna e ainda admiradora, Érika.
Prezada Érika, terei o maior prazer em ler seu artigo e ajudar no que eu puder. Me envie seu e-mail para que eu possa receber o artigo e falarmos mais a respeito.
Obrigada pelo carinho.
Um abraço
Adriana
Ai, muito obrigada professora, fiquei muito feliz mesmo com sua resposta! Meu email é erika_dominici@hotmail.com , daí a senhora pode mandar um email pra ele que eu respondo com o trabalho em anexo.
Abração
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