Páginas

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O que a Antropologia tem a dizer à Psicanálise?





Para alguns pesquisadores, a pergunta: "O que a Antropologia tem a dizer à Psicanálise" pode soar confusa ou, até mesmo, estranha. Contudo, aqueles que fazem um bom uso da clínica e dos textos freudianos sabem e gostariam que a Antropologia tivesse muito o que dizer à Psicanálise.

No editorial da Revista, Denise Maurano celebra: "Neste décimo quarto número, o leque de assuntos enfocados está bastante diversificado. Temos a honra de abrir com um importante artigo de Alexandre Fernandes Corrêa intitulado O labirinto dos significantes na cultura barroca, no qual a Antropologia dialoga com a Psicanálise, trazendo como efeito uma importante contribuição tanto para a área de Estudos Culturais, quanto para a chamada Psicanálise em extensão. Tal artigo nos é especialmente caro por conta de aproximar-se bastante dos estudos que empreendemos sobre o tema e que motivou, anos atrás, o nome de nossa revista. Nele o autor a partir de um processo de pesquisa sociocultural, toma para si a tarefa sugerida por Lacan de realização de uma história cultural do significante, no caso, o significante barroco, buscando situar sua função na sociedade contemporânea e, mais precisamente, no imaginário social latinoamericano".

É um instigante convite e um belo brinde ao trabalho de parceria entre os pesquisadores do acontecimento psíquico e os pesquisadores do acontecimento cultural. Espero que esse trabalho de parcerias faça de nossas escutas um lugar possível de construção simbólica. Contribuição à Psicanálise em extensão, mas também à Psicanalise no campo da escuta clínica, se levarmos a sério o campo significante e sua "história cultural" apontada pelo leitor de Lévi-Strauss, Jacques Lacan.
Click na imagem da revista e tenha acesso ao artigo integral.
Boa leitura!